5 princípios essenciais

Alexandre Waclawovsky31 de Março

5 princípios essenciais

ao funcionamento das metodologias ágeis

Já ouviu falar de uma brincadeira chamada “telefone sem fio”? nela várias pessoas ficam em sequência e uma mensagem é transmitida de pessoa a pessoa até chegar ao receptor final, que diz em voz alta a mensagem recebida e compara com a mensagem original. Para quem nunca experimentou, quase sempre, a mensagem chega bastante distorcida e diferente da original.

Pensei nessa analogia para fazer uma comparação com algo que tenho observado em nosso mercado, que vem adotando as metodologias ágeis, praticamente, como um mantra, porém com adaptações, interpretações e versões diferentes das originais.

E antes que você pense que vou listar os 4 valores e 12 princípios do manifesto ágil, segura aí. Quero é provocar uma reflexão. Estamos abrindo espaço para uma forma diferente de pensar e agir ou apenas trocando o nome de práticas antigas para parecermos modernos?

Explico. Essas metodologias têm origem na indústria de desenvolvimento de software e foram idealizadas buscando um processo colaborativo, auto gerenciável e que envolvesse as habilidades necessárias para a solução de problemas.

Posteriormente foram adotadas por empresas digitais como o Spotify que as aperfeiçoaram e hoje são amplamente difundidas e usadas por muitas empresas.

Mas voltando a analogia do “telefone sem fio” tenho visto diferentes interpretações em sua adoção, que podem comprometer o seu potencial e seus os reais benefícios tanto às pessoas como para os negócios.

Abaixo listo 5 pontos, que asseguram a adoção de uma prática ágil e convido você a refletir sobre eles:

1_defina um problema claro e concreto a resolver – seja bem específico sobre o que espera solucionar;

2_forme uma equipe pequena, composta por pessoas que reúnem as habilidades necessárias para solucionar esse problema e apenas elas (caso sejam 5, 6 ou 7 tudo bem) – não caia na tentação de formar equipes maiores que o necessário, apenas para agradar a todas as áreas envolvidas ou pessoas que querem participar - agilidade é resultado de uma equipe enxuta e complementar, onde cada um entende seu papel na resolução do problema proposto;

3_defina o tempo para a conclusão desse projeto – a pressão do tempo faz com que as pessoas tenham foco e evitem procrastinar, sendo forçadas a fazer escolhas para terminar o projeto no tempo definido;

4_assegure que não existe hierarquia dentro do grupo formado, independente, dos níveis envolvidos. O grupo deve ser formado com base nas habilidades necessárias e não na senioridade ou rankings corporativos – todos precisam ser iguais e ter a mesma voz, até porque cada pessoa ficará responsável por tarefas específicas, dentro de suas habilidades, que somadas solucionam o problema proposto;

5_garanta autonomia para as decisões e testes, durante o processo empoderado o grupo.

E não se esqueça que esse é um trabalho, com tempo determinado, mas em tempo integral. Importante tirar as pessoas que participam de sprints e squads de suas atividades do dia a dia.

É difícil seguir todos esses pontos? Provavelmente sim e é por isso que faço o convite a reflexão. Estamos adotando uma nova forma de trabalhar ou simplesmente renomeando formas antigas com alguns pequenos ajustes?

Fica um convite para desafiar a forma de pensamento e execução tradicionais que temos operado há tanto tempo. A gerar novos aprendizados por novos processos e, principalmente, a oferecer um ambiente de mais colaboração entre as pessoas, que passam a ter valorizadas suas fortalezas e habilidades e não suas deficiências.

E na dúvida, comece pequeno, aprenda e escale até ganhar confiança para expandir.

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